sexta-feira, 14 de junho de 2013

Singulares Bodas de Rubi

                         Alguns meses atrás, encontrei-me com dois senhores, cujos casamentos foram presididos por mim, na qualidade de pároco em Capitólio. Como também eu me casei no mesmo ano de 1973, estávamos no mesmo barco. E aí surgiu a ideia de reunirmos a turma de casais de 1973, unicamente os casados sob minha presença, para comemorarmos, somente nós os casais, com um simples encontro matinal e terminando com um almoço lá pelas treze horas. Não deu outra. Procurei na secretaria da paróquia a lista do pessoal, levei algum tempo  tentando descobrir o paradeiro dos 28 casais e me comuniquei com aqueles que foram localizados. Dos vinte e oito, três se haviam separado. Outros seis tinham perdido um dos cônjuges. Uns cinco ou seis não consegui localizar. Os treze restantes eu localizei, entrei em contato e os convidei para um encontro exclusivo dos casais, no dia 9 de junho passado. Alguns não puderam comparecer, mas nove atenderam ao apelo e chegaram, alegres e animados ,  para a reunião no Barreiro, a dois quilômetros de Capitólio, às margens da represa do Rio Piumhi, na casa do casal Dulce e Sebastião. Foi um encontro maravilhoso, permeado por histórias, piadas, apresentação teatral por artistas da casa e reflexão profunda sobre o casamento. O mais interessante e reconfortante que captei de tudo aquilo foi a união, o amor, a amizade sincera de cada casal entre si. Em um tempo em que, de acordo com recente pesquisa, os casais brasileiros só permanecem unidos, em média, por quinze anos, é de se pensar naquilo que fez tantos casais, depois de quarenta anos, conservarem o mesmo amor que prometeram no dia de sua união. Coisa linda que apresento aos jovens de hoje, para que aprendam conosco, os mais velhos, o segredo do verdadeiro amor que deve levar um casal ao matrimônio.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Império Inglês e comunismo

               Quem diria? No início da colonização inglesa da América do Norte, nos começos do século dezessete, o sistema implantado na nova terra descoberta era comunitário, em que ninguém possuía glebas. Todos os colonos deviam plantar para a comunidade e o produto era dividido igualmente para todos. Acontece que, sem incentivo, os colonos se limitavam ao plantio estritamente necessário, não produzindo  estoque suficiente para as ocasiões de grandes secas e de fome generalizada. Entre 1609 e 1610, em um período de grande fome, ocasionada pela seca, chegou-se ao cúmulo de uma jovem, conforme descobertas recentes, chegar a ser devorada por alguns colonos, depois de sua morte não bem esclarecida. É claro que não se tratava de hábito introduzido entre os colonos, mas apenas um meio único de resolver um problema de sobrevivência, em ocasião de desespero, em que todos os tabus acabam sendo colocados de lado. E foi então que a metrópole inglesa tomou a decisão de permitir a propriedade particular, deixando de lado uma tentativa comunitária e partindo para o capitalismo, origem do grande progresso que até hoje transforma os Estados Unidos da América em um país rico e desenvolvido, modelo para muitos outros que ainda tentam experiências baseadas na ditadura do proletariado.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Sobre aniversários

     Passou meu aniversário. Completei os setenta e sete anos. E daí? Geralmente a primeira coisa que se deseja para o aniversariante são muitos anos de vida, como se viver mais tempo fosse a coisa mais importante nesta vida. Recebi muitas mensagens, muito mais do que eu imaginava. Foram mais de sessenta ou setenta. Ainda bem que o que mais se desejou para mim não foram muito mais anos de vida, mas que eu continuasse a ser a boa pessoa que tenho sido. Naturalmente que meu ego fica muito satisfeito e até vaidoso com tantos elogios e boas impressões a meu respeito. Tomara que tudo o que falaram de mim seja o reflexo de minha verdade perante Deus. Entretanto, como dizia meu querido e falecido pai, é muita manteiga para um pão de tostão. Os elogios recebidos, porém, me dão a oportunidade de mais uma vez tentar ser tudo aquilo que falam de mim. Voltando, porém, à reflexão sobre os cumprimentos de aniversário, vem-me à memória  um pensamento a respeito da tristeza que costumam sentir os aniversariantes, ao considerarem o dia do aniversário como um passo a mais para seu fim neste mundo. Muito ao contrário, acredito que em tal dia todos deviam olhar para trás, agradecer muito a Deus e se alegrar por mais um ano vencido, mais uma batalha ganha, mais um trecho abençoado da vida. Um septuagenário como eu não tem que sentir inveja das crianças, dos jovens ou dos demais adultos. Felizmente já passei por todas aquelas etapas que nem eles sabem se ultrapassarão. Mais um ano de aniversário seria momento de alegria, de vitória, de agradecimento, de realização de mais uma etapa de nossa finalidade como filhos de Deus. É evidente, também, que tais sentimentos positivos e gratificantes só podem valer para quem procurou levar a vida com amor, com bom humor, com dedicação ao próximo, seja ele qual for. O aniversário, para mim, não é lembrança de morte mais próxima. Costumo dizer que não tenho medo d morte mas que também não tenho pressa de morrer. O que temo é chegar ao final de meu tempo e não estar preparado para encontrar o Pai, para poder abraçá-lo e dizer-lhe que fui um filho fiel e cheio de amor. Tomara que eu seja verdadeiramente tudo aquilo que disseram de mim. Maior presente não poderia haver para um aniversariante. Muito grato, mais uma vez, a todos aqueles que se lembraram de mim em meu dia. Pena é que não possa mandar uma longa carta para cada um deles. Assim seja!

terça-feira, 30 de abril de 2013

E agora, José?

     Depois das diretivas pastorais do novo papa, resolvi assistir à missa da paróquia. Era domingo e havia grande quantidade de fieis. De início, o padre, com ares de verdadeiro pastor, convidou um casal, que completara na semana trinta anos de casamento, para presidir às cerimônias que ele chamou de ágape e não de missa. Depois do sinal da cruz, começou logo o ato penitencial, depois do cântico do salmo "Vou primeiro reconciliar-me com meu irmão e depois vou fazer minha oferta ao Senhor". Todos permaneceram em silêncio absoluto, cada qual refletindo interiormente sobre suas falhas contra seus irmãos. Alguns resolveram abrir-se com coragem diante de todos, pedindo desculpas por falhas de desamor a parentes, amigos e  necessitados. Houve quem corresse a abraçar um pobre mendigo que não recebera bem em sua porta. O próprio sacerdote se penitenciou perante a comunidade, desculpando-se por sua impaciência no atendimento aos paroquianos. Após uma prece dos casais, pedindo uma absolvição ao Criador, começou a procissão do ofertório. Quase todos entraram na fila, levando as mais diversas oferendas. Eram rodas de bolo, tortas salgadas ou de doce, pães de queijo, refrigerantes, sucos e outras guloseimas. Durante o ofertório, era lida a epístola de São Tiago, dizendo que a fé, sem obras, é completamente morta.  Foram todos os presentes convidados à participação no ágape. Alguns preferiram voltar para casa, sentindo-se indignos e ainda não preparados para a cerimônia. Os reconciliados ou que não tinham nada a atormentar sua consciência de irmãos do próximo, partiram para um salão anexo à sacristia e rodearam a mesa do ágape, cheia das oferendas gostosas do ofertório. Depois de comerem todos juntos, ricos, remediados e pobres, na maior fraternidade, o casal dirigente pronunciou as palavras da consagração sobre o pão e o vinho e os distribuiu entre todos os presentes, convidando-os a sempre se reunirem daquela maneira e a viverem aquele ambiente fraternal durante todo o decorrer de seu quotidiano. E agora, José? Será que este meu sonho de depois do almoçose tornará realidade algum dia?

terça-feira, 16 de abril de 2013

Fé Cristã e outras fés

          Já li, há muitos anos, em interessante tese de um universitário, que um grande erro da Igreja Católica foi confundir ou não saber distinguir entre fé e religião. A verdadeira fé ensinada por Jesus teria sido transformada em religiosidade pura, cheia de ritos, cerimônias, rezas e leis diversas. No meu pensar, existe muita fé religiosa, imensamente expandida em todas ou em quase todas as denominações cristãs, assim como a fé teórica, que prega a crença em Jesus Deus, mas separada de uma vivência do tipo que o Filho de Deus veio trazer de novo à terra.
     Ora, o Cristianismo, a fé cristã, a mensagem de Jesus trazida  para nossa humanidade desgarrada, foi clarissimamente definida por ele mesmo, mais de uma vez, em suas pregações pelas terras de Israel. Quero agora reportar-me apenas a uma de suas afirmações, na véspera de sua morte salvadora: "Todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros". A lei única de Cristo, o maior e também único mandamento é simplesmente o amor. E não qualquer amor, mas o amor que devotamos aos demais, assim como gostaríamos que fôssemos também amados por todos os humanos. E agora, com grande alegria e enorme surpresa, aparece no cenário da Igreja Católica, que pretende ser grande mensageira de Jesus, a figura simples, sumamente humana, exemplar e profética, do Papa Francisco, que confirma tudo isto, quando fala que "quero uma Igreja pobre e voltada para os pobres". Vejo neste momento da Igreja Católica um raio de grande esperança para o surgimento da fé verdadeira, que parece escondida ou quase apagada debaixo das cinzas do obscurantismo. Parece que o Espírito Santo resolveu mandar-nos um verdadeiro missionário do Amor. Assim seja!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Páscoa e o Papa

                 A comemoração da Páscoa lembra Moisés, o grande profeta enviado por Deus, para levar o povo de Israel, escravizado no Egito, à Terra Prometida, através da milagrosa passagem do Mar vermelho, a pé enxuto.
     Esta Páscoa do ano de Cristo de 2013 marca também uma grande esperança, que torcemos para não se transformar em mais uma das grandes decepções sofridas por mais de um bilhão de seguidores de Cristo na Terra.
Saído de onde não se esperava, surge um novo papa, chamado Francisco, transpirando esperança, desapego e alegria e apontando para um rumo diferente, ou seja, para o rumo verdadeiro e genuíno, marcado pelo nosso Salvador Jesus. Com seu cajado de pastor o novo papa aponta, com coragem e convicção, para o espírito e para a vivência de pobreza, bem como para a volta ao amor, especialmente ao amor aos mais necessitados. Ele vem substituir uma religiosidade doentia, um ritualismo cansativo e vazio e uma igreja triste e monótona por uma vida de amor, de fraternidade, de alegria esperançosa e de  convivência fraterna e universal. Eis a meta de nosso Papa Francisco. Ele chega como um profeta e um missionário, com o intuito de pregar o verdadeiro cristianismo a uma cúpula bastante afastada da mensagem do Evangelho, que só prega o amor.
     Agora é "pé na tábua" e torcida forte para que o início cheio de grandes presságios de nosso Papa não se deixe abalar pelas tempestades que não deixarão der acontecer em torno do barco de Pedro.
     Então, viva o Papa! Deus o  proteja!

domingo, 10 de março de 2013

Eleição do Papa

     Toda igreja que se pretenda cristã tem que pregar e praticar a mensagem de Jesus Cristo. O testemunho maior de qualquer cristão consiste na vida de partilha, de amor sincero e de doação a todos os mortais, como a seus irmãos. Com o correr dos tempos, porém, as igrejas tenderam a transformar o seguimento de  Cristo em quase que pura religiosidade, cheia de rezas, sacrifícios materiais e corporais, ritualismos repetitivos, dogmas e mandamentos. O Concílio Vaticano II teve a coragem de encetar um novo rumo, no afã de colocar-se no caminho reto. O entusiasmo, porém, foi frustrante. De lá para cá o caminho foi de volta para o passado em muitos pontos. A corrente conservadora dominou a Cúria Romana e conquistas como a colegialidade dos bispos virou letra morta. O papa renunciante fala em reforma, porém parece referir-se a uma limpeza geral na Curia Romana, com o afastamento de elementos indesejáveis. Talvez também se refira à moralização dos costumes eclesiásticos, no que se refere sobretudo à pedofilia. Pela observação dos vaticanistas entendidos, de qualquer maneira será eleito um conservador, do qual não se parece poder esperar muita coisa de profundidade. A meu ver, a Igreja Católica tem que se convencer de que o caminho verdadeiro é o amor, a partilha, a pobreza do desapego das riquezas e a tentativa de promover a maior igualdade possível entre os viventes desta terra. Embora eu não esteja otimista, não deixo de imaginar que o Espírito Santo penetre na cuca do papa eleito e lhe dê a visão e a coragem que iluminaram o Papa João XXIII, um velho de setenta anos, eleito como marionete e papa de transição, que morreria logo, sem fazer nada de novo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Fé ou religião?

     Uma tese que li há muitos anos, escrita por um universitário de Ribeirão Preto, mostrava, muito claramente, como a Igreja Católica, no decorrer dos séculos, acabou confundindo fé cristão com religiosidade. Daí o surgimento de uma igreja caracterizada pelo religiosismo, como se Jesus Cristo tivesse vindo ao mundo para trazer uma nova religião, baseada em ritos, celebrações, rezas, promessas e sacrifícios. O certo é que o Salvador disse, mais que claramente, e em várias ocasiões, que sua mensagem salvadora consistia simplesmente no amor a Deus e ao próximo como a si mesmo. Na formação cheia de boa fé que os padres lazaristas nos transmitiram, tudo levava ao cristianismo religião, que nos fazia passar o dia inteiro rezando e nos sacrificando fisicamente, na ânsia de nos tornarmos santos. Felizmente os padres que nos formaram nos transmitiram também as condições necessárias para que tivéssemos mentalidade aberta à crítica e ao estudo profundo do Evangelho e da teologia. Felizmente cheguei à conclusão de que a fé cristã, exigida pelo verdadeiro seguimento de Jesus, consiste em crer que ele é Deus e em cumprir sua mensagem tão simples, que nada mais é do que "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Falando também com seus discípulos, ele afirmou:  "Todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros". E como conclusão prática, nada melhor do que a palavra de um cardeal da Igreja, em uma reunião da comissão que estudava, no Concílio Vaticano II, a cara que devia ter a verdadeira Igreja de Cristo: " Estamos perdendo tempo com longas considerações. A verdadeira Igreja de Deus está em nossa frente, em todo o mundo, através da Sociedade de São Vicente de Paulo". Será preciso dizer mais?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Devolver é mais difícil do que roubar

     Vou contar um milagre mas não os nomes dos santos. O fato aconteceu há mais de quarenta anos, quando eu era ainda um padre muito novo e costumava passar um gostoso dia de descanso, todo começo de semana, de segunda para terça, em meu singelo ranchinho da Ilha. Em uma daquelas noites, resolvi, com meus dois ou três companheiros, visitar  um sitiante vizinho, tomar seu gostoso café com queijo e cantar algumas modas de viola, ao som de meu acordeom. Tudo ia na maior tranquilidade,  quando notei que alguns companheiros sumiram, enquanto outro me incentivava veementemente a tocar e a cantar com mais força e animação. Depois do gostoso café e de um papo ameno, voltamos alegres e felizes para o rancho.Os colegas voltaram eufóricos, depois de pegarem, debaixo de uma lata na estrada, uma galinha que tinham furtado do sitiante, enquanto eu abafava os possíveis sinais do furto com meus toques e cantorias.
     Pois bem, uma vez chegados ao rancho, passei o maior sabão nos amigos, mostrando para eles o vexame   pelo qual eu passaria, na condição de padre ladrão de galinha, sem falar nas possíveis consequencias advindas do senhor bispo diocesana, que poderia punir-me e me afastar da paróquia. Embora constrangidos e decepcionados, os companheiros se levantaram cedo e se lançaram à difícil missão de devolver o fruto do roubo. Só que a devolução foi infinitamente mais difícil que o furto. Eles se deitaram na estrada, soltaram a galinha e começaram a enxotá-la de volta para o lar, tomando sempre o cuidado de de não falarem muito alto, para não despertarem os moradores. E a galinha não andava,certamente impedida pela triste posição das pernas peadas durante toda a noite. O certo é que a cerimônia de devolução foi muito mais difícil do que o furto anterior. Mas eles devolveram o fruto do roubo, ficaram sem o sonhado arroz com galinha, mas a lembrança do fato nos diverte até hoje, bem como a lição de que é mais difícil devolver do que roubar.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Uma só coisa é necessária

     Podem chamar-me de esquisito mas vou dizer algo que me encabula muito. Em comemorações festivas, como Natal e Reveillon, as donas de casa se cansam, correm o tempo todo, preocupadas e atarefadas com pratos diversos e complicados. Assim, acabam não participando das conversas, do convívio familiar e até das brincadeiras e diversões que surgem sempre em tais encontros. O estresse é grande e a trabalheira anterior e posterior é enorme, deixando as ou os responsáveis pelos comestíveis completamente esgotados. E aí é que eu fico me lembrando das palavras divinas de Jesus a Marta, irmão de Maria e de Lázaro. Em suas andanaças pela Judeia, Samaria e Galileia, Jesus se refugiava na casa de Lázaro e de suas duas irmãs. Maria ficava quase o tempo todo aos pés de Jesus, sorvendo as palavras de sabedoria que fluíam de seus divinos lábios. Enquanto isso, Marta vagava de um lado para outro, ocupada com os pratos que deveria preparar para os comensais, preocupada com a qualidade e a quantidade de iguarias que devia servir ao divino hóspede.  Em um de seus momentos de estresse, Marta não se conteve e implorou ao Mestre que ordenasse à irmã que fosse ajudá-la na cozinha. E o que falou Jesus? - Marta, você está muito solícita e preocupada  com a preparação de muitos pratos, ao passo que um prato só é o suficiente. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.
     Como se depreende, em boa tradução do texto, Jesus se referia à quantidade de pratos para a refeição. E será que não vale também a mesma observação para as donas de casa que se escabelam e que perdem o convívio dos comensais, cansando-se e se estressando com grande quantidade de pratos e com excesso de comidas que depois sobram em abundância, criando um segundo problema para depois dos festejos? Será que não  era bastante um arroz com galinha ou um arroz com suã, pelo menos em nosso convívio mineiro? Aí está algo a se pensar, com o intuito de excluir, de nossas comemorações, a canseira que cai sempre sobre os ombros da pobres donas de casa.