Depois de breve intervalo para o Réveillon, passado na Ilha, Gustavo corrigiu um erro no gabarito, enquanto Miltinho furava valetas.
Depois do almoço o Gustavo,
Rute, Ester, eu mais o Lucas,
Para a Ilha nos mandamos,
Preparando nossas cucas.
O trabalho era dureza,
Exigindo pensamento.
Sem falar no calorão,
Sem esperança de vento.
A tarefa mais pesada,
Ao fazer o gabarito,
Foi fincar várias estacas
Naquele chão de granito.
O pior foi que, depois
De a tarefa terminada,
Não encontramos sequer
Um copo d’água gelada.
Já de noite regressou
Toda moída a cambada,
Mesmo assim, para o Natal,
Tinha que estar preparada.
26 DE DEZEMBRO DE 2005
Foi necessário voltar
Neste dia ao gabarito,
Pois um engano deixara
O Gustavo muito aflito.
P’ra começar as valetas,
Com decidida intenção,
Pelas sete da manhã
Partimos com prontidão.
Gustavo, eu e Miltinho
Formamos uma trindade.
Em toda prosa o Miltinho
Retrucava: “E é verdade.”
Furando que nem Tatu,
Miltinho valas abriu.
Gustavo, no gabarito,
Suava na esquadria.
Neiva e Paula, com Ester,
Mais a Rute sempre prosa,
Vão a tempo de fazer
Comidinha bem gostosa.
Gustavo e eu começamos
A dar um novo recado,
Levando terra ao lugar
De nível mais elevado.
De volta, no mesmo dia,
Com Miltinho combinamos.
P’ra terminar as valetas,
Duzentos paus lhe pagamos.