quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Com Bigode ou sem Bigode?

                    Trinta e oito anos atrás, quando eu era ainda noivo, deixei crescer meu bigode, a pedido de minha futura esposa Neiva. Era ainda a época em que um bigode bem cuidado era símbolo de elegância e de boa aparência. Devo ter sido dos poucos padres casados a deixar crescer o bigode. Logo me adaptei e apenas uma vez, para ver como ficava, raspei o dito cujo durante um fim de semana no ranchinho da Ilha. Naquela oportunidade a Neiva chorou, ao ver-me de cara lambida , sentindo a sensação de que eu não era eu.
     Hoje, por sugestão da Marilita, prima da Neiva, tomei coragem e derrubei a pequena mata que ocultava minha boca. Segundo a prima, eu me renovaria e teria aparência muito mais interessante. Seja como for, por vaidade ou por comodidade ao fazer a barba, raspei o bigode e aí estou, não sei se melhor ou pior, se mais feio ou mais bonito, se mais gordinho ou mais magro. O certo é que eu mesmo me estranhei, mirando-me ao espelho. Nunca imaginei que meu retrato seria o que sobrou de meu rosto. E você? Qual sua opinião? Com bigode ou sem bigode?