sábado, 26 de março de 2011

O Grande Significado do Lava-pés

No livro mais lido na atualidade, "A Cabana", encontramos palavras do próprio Deus Pai, em que que o mesmo fala exatamente sobre o significado do Lava-pés. Embora Deus, Jesus não faz questão e nem dá valor à famigerada autoridade. Para ele, quem quer ser o maior,tem que servir aos demais. Então vamos às belas palavras colocadas nos lábios do Pai pelo autor: "Não existe conceito de autoridade superior entre nós. Apemas de unidade. Est'amos em um círculo de relacionamento e não em uma cadeia de comando. Não precisamos exercer poder um sobre o outro, porque sempre estamos procurando o melhor.A hierarquia não faria sentido wntre nós. Isso é um problema de vocês, não nosso. Os humanos estão tão perdidos e estragados que, para vocês,é quase incompreensível que as pessoas possam trabalhar ou viver juntas, sem que alguém esteja no comando. Esse é um dos motivos pelos quais é tão difícil para vocês experimentar o verdadeiro relacionamento. Assim que montam uma hierarquia, vocês precisam de regras para protegê-la e administrá-la e então precisam de leis e da aplicação das leis e acabam criando algum tipo de cadeia de comando que destroi o relacionamento, em vez de promovê-lo. Raramente vocês vivem o relacionamento fora do poder. Vocês acabam perdendo a maravilha do relacionamento que nós pretendemos para vocês. A autoridade é meramente a desculpa que o forte usa, para fazer com que os outros se sujeitem ao que ele quer. Se realmente vocês tivessem aprendido a considerar que as preocupações dos outros têm tanto valor quanto as suas, não haveria necessidade de hierarquia".
Eis aí a primeira lição da Santa Ceia. Hierarquia e autoridade não passam de criações humanas, que não teriam sentido algum para os seguidores dos caminhos traçados pelo Criador. Onde o amor é a norma de tudo, não há necessidade de leis e de autoridades. E agora, José?
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sábado, 19 de março de 2011

O Ápice da Semana Santa

O ponto supremo, o ápice,a apoteose da Semana Santa, é, sem dúvida,a meu ver e entender, a Quinta-feira Santa e, dentro dela, a Santa Ceia ou Celebração Eucarística. Não há dúvida de que a Sexta-feira Santa nos comove e envolve mais, devido à morte terrível de Jesus. Aquele dia marcou a prova suprema do que Jesus acabara de pregar, como sendo sua mansagem e a Boa Nova que trazia para um mundo afastado de Deus e mergulhado no egoismo. Com sua morte, Jesus selou, com o maior dos testemunhos, o testamento que legara, na véspera, a todos os que quisessem seguí-lo e participar de sua convivência eterna.
Duas partes compõem a Santa Ceia ou banquete eucarístico. A primeira é o Lava-pés, cujo significado essencial não foi simplesmente um ato de humildade, porém muito mais do que isto: Foi um ato simbólico de que quem ama serve, quem ama não manda, quem ama não exerce autoridade. A segunda parte, a mais importante de todas, o cerne da mensagem de Cristo, foi a partilha do pão e do vinho, o sinal e símbolo supremo de toda a mensagem e novidade que Cristo veio trazer, que é a partilha, a convivência, a fraternidade, o AMOR.
Sobre esses dois pontos falaremos separadamente, pois merecem profunda reflexão e aprofundamento.

domingo, 13 de março de 2011

Sacrifício e Cristianismo

Pelo que aprendi através do Evangelho e de grandes teólogos do Cristianismo,tanto a palavra sacrifício como o ato sacrifical tomaram conotação muito diversa do sentido desejado por Deus e pelo Cristo. Para começar, sacrifício não quer dizer necessariamente dor ou sofrimento.Antes quer dizer: tornar sagrada uma ação, uma oferta. Já desde os filhos de Adão, ofertar um sacrifício consistia em oferecer ou consagrar a Deus aquilo de melhor que se possuía. Abel ofereceu o melhor de seu rebanho, enquanto Caim, o melhor de seus frutos da terra.
Se observarmos bem, oferecer o que se tem de melhor já encerra a essência da Boa Nova ou Evqangelho que o proprio Jesus veio trazer, milhares de anos depois: a partilha e o desapego dos bens materiais. Quem dá o que tem de melhor demonstra desapego aos bens materiais, ao mesmo tempo em que reparte com os outros aquilo que possui. É de se notar que, em geral,a oferta de animais ou de outros alimentos era repartida com os que participavam das oferendas sagradas.
Transpondo agora para o tempo da Quaresma o que acima afirmamos, é claro que, como cristãos autênticos, nada melhor a fazer, como preparação para a Páscoa, do que realizar oferendas de nossos bens materiais ede nossas qualidades e talentos, repartindo com o próximo e visitando especialmente os mais necessitados e carentes, que têm mais a receber de nós do que a dar.

quarta-feira, 9 de março de 2011

A Verdadeira Quaresma

Quaresma vem do número quarenta e indica o tempo de quarenta dias, destinado à preparação para os grandes acontecimentos cristãos da Páscoa e dos precedentes seus, como a paixão e a morte de Jesus. Conforme a corrente muito antiga de cristianismo, baseada no maniqueismo, o importante era sacrificar o corpo e a matéria, considerados maus, em oposição ao espírito e a suas manifestações, considerados , só eles, emanados de Deus. Destruir o corpo e elevar o espírito era o ideal cristão de santidade e perfeição.
Felizmente as coisas vão mudando e os mais esclarecidos estão conscientes de que o verdadeiro sacrifício, que cheira bem e exala perfume ante Deus, é o amor, a caridade, a prática do bem, da solidariedade e da partilha junto sobretudo aos mais carentes e necessitados.
Se repararmos bem, o sacrifício físico é egoista, atinge apenas a nós mesmos e nada faz de concreto em favor de nosso irmão. Se deixarmos de lado a preocupação doentia do cumprimento do jejum e da abstinência e nos apegarmos a visitar pelo menos um irmão mais desvalido a cada dia, é claro que estaremos aperfeiçoando nosso amor, aprendendo cada dia a partilhar e seguindo, com fidelidade, o caminho, a verdade e a vida que Jesus nos indicou.