segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Por que 25 de Dezembro?

      Natal é uma festa genuinamente cristã. Entretanto é comemorado sempre no dia 25 de dezembro, contrariando as outras comemorações da Igreja Católica, que se realizam sempre em dias variáveis, como a Semana Santa, a Quarta- feira de Cinzas e a Ascensão de Cristo. E qual o motivo pelo qual as comemorações cristãs se dão em dias que variam no calendário civil ou solar? O motivo de o Cristianismo seguir o calendário lunar ou litúrgico é o costume antigo de marcar o ano pelos ciclos da lua. E como a lua realiza seu ciclo em torno da terra em 28 dias e não em 30 ou 3l, conforme os meses do calendário solar ou civil, é claro que o ano litúrgico não coincide com o calendário solar. Todavia ficam duas dúvidas, depois de sabermos que o Cristianismo tem seu calendário próprio e um ano litúrgico diferente do ano solar: por que o Carnaval se dá também em dias variáveis e não em dia fixo do ano e também por que o Natal se comemora em um dia fixo e não variável, uma vez que se trata de festa cristã e tipicamente litúrgica?
     O dia 25 de dezembro foi escolhido pela Igreja Católica ainda nos primórdios do Cristianismo, com o intuito de levar os recentes cristãos do Império Romano ao abandono mais rápido das práticas ligadas às religiões politeistas da antiguidade. E como o dia 25 de dezembro era consagrado ao Deus Sol, uma das maiores divindades antigas, a Igreja houve por bem consagrar aquele importante dia ao nascimento de Deus, fazendo dois proveitos ao mesmo tempo: homenagear o Menino Deus e afastar os cristãos do antigo culto divino ao Sol.
     Quanto ao Carnaval, a explicação é muito simples. Ele é comemorado dentro do ano litúrgico, porque era uma  festa cristã, celebrada imediatamente antes da Quaresma, como despedida da carne, que não se comia nos quarenta dias que antecediam a comemoração da Paixão e Morte de Cristo. O próprio nome carnaval vem das palavras latinas "caro vale", que significam "adeus carne". Só que, com o correr dos tempos, o espírito cristão sumiu do Carnaval e ele se tornou uma festa inteiramente profana.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Falar mal de Prefeitos

     Parece ser mania ou costume ou mesmo lazer o falatório generalizado em quase todos os municípios brasileiros, com críticas ferrenhas aos encarregados oficialmente da administração pública. Aqui me lembro daquele trechinho de uma inspirada música de Raul Seixas: "Mamãe, não quero ser prefeito, pode ser que eu seja eleito. Alguém pode querer me assassinar..." Em Capitólio acontece o mesmo, pois não somos um município diferente de todos os demais. Fui levado a escrever isto aqui, movido pelas grandes necessidades urgentes que nossa cidade vai exigir do futuro eleito. A começar pelo abandono inexplicado das obras de tratamento do esgoto, que, além de deixar tudo paralizado, ainda deixou problemas nas ruas da cidade. E o calçamento das ruas, a entrada da cidade, o cuidado da prainha, o desassoreamento do Rio Piumhi, o estado lamentável das estradas rurais? O prefeito vai ter que rebolar, como diz o ditado popular. Só que a função dos munícipes e cidadãos não é reclamar, criticar negativamente  e "meter o pau". Nossa função, agora que vai começar uma nova administração, é apoiar, colaborar, fazer nossa parte e criticar positivamente. Com novos  prefeitos eleitos, geralmente são grandes as esperanças e expectativas de todo cidadão. Entretanto nenhuma administração caminha bem, se não for obra de todos, do prefeito, dos vereadores e dos habitantes da comuna. Se em todos os municípios do Brasil for este o modo de agir, sem dúvida nenhuma nosso país vai progredir rapidamente.