domingo, 30 de janeiro de 2011

Viagem da Saudade

Finalmente reaizei um sonho antigo, de muitos anos. Eu desejava percorrer todos os lugares por onde passei em minha vida. Queria revivê-los, curti-los, sorvê-los até à última gota. A Bonfim, onde nasci, irei mais na frente, depois de descobrir um fato muito importante para começar essa história. O maior sonho, porém, era o de visitar Assis, Florínea, Lutécia e arredores. Minha maior saudade, porém, era de Lutécia. Quando falar especialmente de minha volta àquela cidade, irei comentar os motivos que me parecem causar tanta saudade.
O pretexto providencial para realizar minha viagem da saudade foi a comemoração dos oitenta anos de minha querida amiga Terezinha Gonçalves, que conheciem 1962, quando Dom Lázaro Neves, bispo de Assis, me pediu para atender àquela paróquia. Eu era disciplinário dos seminaristas do seminário diocesano de Assis, bem como professor também. Para lá eu me dirigia no sábado à tarde, lá dormia e regressava no domingo à tarde.
Nesta viagem, cheguei a Assis no dia 26 à noite e me estabeleci na residência da Lúcia, filha de Dona Terezinha Gonçalves. Foi surpreendente para mim o carinho com que me receberam mãe e filha, sem falar no esposo e nos filhos da Lúcia, que não passava de uma menininha de uns dois anos, quando a conheci em Lutécia. Depois de se mudarem para Assis, foram morar em frente a nosso seminário e nossa amizade continuou cada vez mais firme. Fui tratado regiamente e cortejado com todas as mordomias que podiam proporcianar a mim e à Neiva.
Em Assis fui ao seminário, percorri cada pedaço do estabelecimento, recordando tudo o que ali vivi com muito amor e dedicação. Fui Para Assis, minha primeira colocação como padre novo, e lá fiquei até ao final do ano de l965. Fui professor, disciplinário e, finalmente, diretor espiritual. Belos e saudosos tempos.
Resumindo, recordei minha vida na cidade, gostei muito, fui levado aonde queria, pela Lúcia e por Dona TErezinha, e fiquei realizado. Quase cinquenta anos se tinham passado desde minha áída. Mas valeu a pena e estou realizado.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Epopeia de um Rancho (XXXI)

Finalmente termina a realização de um grande sonho, tornado realidade feliz para todos. Resta agora um grande agradecimento ao Criador, que tanta coragem nos deu.


28, 29, 30, 1º e 2 DE DEZEMBRO DE 2007

Em mais um fim de semana,
Do Tatu chegou a vez,
Marceneiro magistral
Que belo trabalho fez.

Assentou todas as portas,
Acabamento perfeito.
Montou todas as escadas,
Da varanda o parapeito.

Genário chegou na quinta,
Para a energia ligar.
Começou logo o serviço,
Para o rancho iluminar.

5, 6, 7 e 8 DE DEZEMBRO DE 2007

Jamais se viu neste rancho
Tamanho engarrafamento
Oficiais se trombando,
Em tumulto barulhento.


Pintores pintam paredes,
Tatu termina as escadas.
Genário monta caixinhas,
Vai colocando as tomadas.

Os vidraceiros trabalham,
Mostrando muita destreza.
Montam portas transparentes,
Para se ver a represa.

Querendo participar
Eu também do mutirão,
Na entrada fiz a rampa
E da grama a plantação.

9 DE DEZEMBRO DE 2007

Bem cedo, neste domingo,
Uma só coisa se faz.
O Rafael ao fogão
Liga o botijão de gás.


10 DE DEZEMBRO DE 2007

Enquanto o Genário lida
Em grande concentração,
Vou terminando a limpesa
Em torno da construção.

12, 13 e 14 DE DEZEMBRO DE 2007

Dia treze de dezembro.
Deste rancho tão sonhado
O final feliz das obras
Será sempre celebrado.

Enquanto se construía,
Com garra e muito ideal,
Parecia puro sonho
A nossa meta final.

O que hoje virou sonho
Foi a luta, foi a idéia,
Que permitiram surgir
Esta singela epopéia.

F I M

Epopeia de um Rancho (XXX)

Duas coisas mais importantes nestas etapas: Plantação da grama e comemoração do nascimento da Clarinha

19, 20 e 21 DE OUTUBRO DE 2007

Terminei a minha grama
E na do Quinca ajudei.
Quase tudo que plantou
Foi a sobra que lhe dei.

De todos nós, cada dia
Realizando um desejo,
Tiãozinho já começou
Da cozinha o azulejo.

23 DE OUTUBRO DE 2007

Depois do almoço o Felipe
Ao rancho fomos levar.
Escada e grades medindo,
Para nós irá montar.

26, 27 e 28 DE OUTUBRO DE 2007

Outra grande novidade,
Montada pelo Tiãozinho,
Foi o balcão da cozinha,
Que vai servir de barzinho.

30 e 31 DE OUTUBRO DE 2007

Eis a pia na cozinha,
Eis seu piso cimentado.
Picapau já faz entrega
Do serviço no telhado.

14 DE NOVEMBRO DE 2007

Depois de muita alegria
Durante grande intervalo,
Pensávamos encontra
A obra com novo embalo.

A grande felicidade
Foi por conta da festinha
Do nascimento feliz
De nossa neta Clarinha.

Mas a grande decepção
De nossa obra surgiu,
Que, a passo de caranguejo,
Do lugar pouco saiu.


21, 22, 23, 24 e 25 DE NOVEMBRO DE 2007

Colocou-se, nesta etapa,
Da cozinha o janelão,
Enquanto, em mais três varandas,
Findava a cimentação.

Em dois anos de trabalho,
Com certeza envelheci
Mas para outro grande sonho
Certamente renasci.

Servente aqui, nunca mais
Mas na eternidade imerso,
Serei servente, com gosto,
Do Arquiteto do Universo.

Os balaustres e portas
Aqui chegam afinal.
Também as tintas que ao rancho
Darão novo visual.

Epopeia de um Rancho (XXIX)

Trabalhei muit0, ajudado pela Neiva, nos acabamentos exteriores do rancho


31, 1º e 2 DE SETEMBRO DE 2007

A escada toda de pedras
Do planejado gramado
Resolvi executar,
Pela Neivinha ajudado.

P’ra nós dois, na construção
Da mureta do porão,
Chegou a ajuda singela
Do Augusto da Daniela.

4, 5 e 6 DE SETEMBRO DE 2007

Desta feita a novidade,
Com especial sabor,
Foi o começo do piso
No quarto superior.

12, 13, 14 e 15 DE SETEMBRO DE 2007

Até que enfim no porão
O desaterro acabei.
Deitado, agachado, em pé,
De joelhos trabalhei.

19, 20, 21 e 22 DE SETEMBRO DE 2007

Servente bom que se preze,
Na limpeza é o maior.
Eis por que geral faxina
Em fiz em todo o arredor.

Uma vez mais com a Neiva
Alcançamos um final:
Do arrimo de proteção
Do passeio lateral.

Ainda nesta semana
O passeio concluí,
O mesmo a que, logo acima,
Há pouco me referi.


26, 27 e 28 DE SETEMBRO DE 2007

Sozinho nestes três dias,
Finalizei a calçada
Que fica em torno do rancho,
Faltando só a entrada.

3, 4, 5 e 6 DE OUTUBRO DE 2007

Do porão a parte alta
Neste tempo concretei.
Ali, quatrocentas telhas
Com a Neiva eu guardei.

Com Tiãozinho prosseguimos
Na lenta rebocação.
No banheiro, de azulejos
Começa a colocação.

17 DE OUTUBRO DE 2007

Trabalhando com afinco,
Penando em sol escaldante,
Miltinho e eu, em dez horas,
Fizemos obra importante.

Na formação do gramado,
Miltinho a terra esparrama;
Enquanto eu, com cuidado,
Coloco as placas de grama.

Foi do bom Deus grande bênção
Em meio à grande estiagem,
A chuva que logo veio,
Parecendo até miragem.

Epopeia de um Rancho (XXVIII)

O mais importante destes dias foi o avanço no serviço de madeira


26 e 27 DE JULHO DE 2007

Mais cento e cinqüenta telhas
O Domingos vem trazendo.
Não cobrando, a este amigo
Tal mimo fico devendo.

A descarregar as telhas
O Domingos ajudou.
Com Rute e Ester na limpeza
Nossa obra inda contou.

O serviço de madeira
Recebe já grande avanço
Que às varandas já promete
Serem lugar de descanso.

3 e 4 DE AGOSTO DE 2007

Ajudados pelo Lucas,
Cimentamos logo os pisos
Dos quartos e dos banheiros,
Mas novidade encontramos.

Depois de grande catimba
E de muito desagrado,
Nosso sonhado padrão
Finalmente foi ligado.

O cimento da varanda
Encontra-se pronto agora.
Coberta também deixamos
A varanda lá de fora.


8, 9, 10 e 11 DE Agosto de 2007

Duas imensas vitórias
Cantamos nesta semana.
O rancho se viu coberto
E nós já comemoramos.

A madeira das varandas
Também chegou ao final,
Provando que o Picapau
Em madeira é oficial.

Carol e Lucas, no sábado,
Com Paula e Neiva chegaram.
Com belo almoço, as vitórias
Do dia comemoraram.

17, 18 e 19 DE AGOSTO DE 2007

Das portas lá da cozinha
Terminou a chumbação,
Provocando em todos nós
Mais uma satisfação.

Furando que nem tatu,
Eu já dei por começado
Do porão o desaterro
Que cavei até deitado.

22, 23, 24, 25 e 26 DE AGOSTO DE 2007

A rebocação do teto
E a massa fina dos quartos
Finalmente começaram,
Como dois custosos partos.

Deitado, agachado, em pé,
Continuo no porão,
Cavando e tirando a terra,
Que nem o bicho furão.

Viagens da Saudade

Há muito tempo que venho acalentando a ideia de realizar um circuito de viagens, constituído pela passagem por todos os lugares em que morei e em que trabalhei durante toda a minha vida. Finalmente estou na véspera de partir para a primeira jornada. Estarei em Assis, onde se localiza o Seminário Diocesano São José, para o qual fui designado em minha primeira colocação como padre recém-ordenado. Em Assis morei durante quatro anos, tendo sido professor, disciplinário e diretor espiritual de adolescentes e jovens seminaristas menores. Nos finais de semana, dada a falta de padres nas paróquias, atendi às comunidades de Lutécia e de Florínea, duas pequenas cidades onde deixei muitos amigos. Quero voltar às origens de meus trabalhos, procurar os velhos amigos, relembrar o passado e apertar ainda mais os laços de amizades que não podem morrer. Quarenta e cinco anos me separam daquelas paragens e minha ansiedade é muito grande. Os anos se passaram mas o amor não morre nunca. Espero relatar aqui o resultado de minhas andanças e tenho certeza que vou narrar coisas muito belas e enternecedoras. Esperem-me, que voltarei quente e fervendo.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Epopeia de um Rancho (XXVII)

Picapau vem ajudar na rebocação, no momento em que chega a madeira dos portais.

14, 15 e 16 DE JUNHO DE 2007

Em dois dias destes três,
Sem o pedreiro fiquei.
Aproveitei, fiz limpeza,
Cinco massas preparei.

20, 21, 22, 23 e 24 DE JUNHO DE 2007

Dois dias fiquei sozinho,
Depois a Neiva chegou.
Trabalhando todo o dia,
O atraso o Tião tirou.

Da escada do andar de baixo
O concreto terminamos.
Os muros do parapeito
Da varanda levantamos.

Isto tudo, sem falar
No feitio do padrão,
De capital importância,
Na choupana ou na mansão.

4, 5, 6 e 7 DE JULHO DE 2007

Para rebocar por fora,
Para as telhas embocar,
O pedreiro Picapau
Tivemos que contratar.

Enquanto alguns se esmeram
Na rebocação de fora,
Por dentro, eu e Tião
Nos dedicamos agora.



11, 12, 13, 14 e 15 DE JULHO DE 2007

O Ricardo e o Gavião,
No reboque contratado
Fazem trabalho excelente,
Com capricho e com cuidado.

Filho do Nego Herculano,
O servente Gavião,
Em toda folga que tem
Me dá uma grande demão.

Dia treze chega ao rancho,
Hà sete meses comprada,
Madeira de qualidade,
Ao Magela encomendada.

18, 19, 20, 21 e 22 DEJULHO DE 2007

Começa novo serviço
Que acrescenta um toque a mais.
Nos quartos e nos banheiros,
O assento dos portais.

O filho do Picapau,
Com nove anos de idade,
Ajudando a tirar terra,
Mostrou solidariedade.

Epopeia de um Rancho (XXVI)

Em meio ao acabamento, tem início a plantação de murta e pingo-de-ouro.


18 e 19 DE ABRIL DE 2007

Em cada um destes dias
Fui para o rancho sozinho.
Levei o Joel do Grilo
E o Alberico, seu vizinho.

Pelos dois sendo ajudados,
Dando duro trabalhamos.
Nas duas lajes de cima
O telhado colocamos.

3 DE MAIO DE 2007

Desta vez quebrei a cara,
Pois o Tião veio a faltar.
Somente no dia nove
Voltaria a trabalhar.

9, 10, 11, 12 e 13 DE MAIO DE 2007

Quinta-feira, dia dez,
É de se comemorar.
A água para o local
Acaba de se ligar.

Dia doze foi a vez
De valetas eu furar,
Onde bela cerca viva
De murtas ia brotar.

16 DE MAIO DE 2007

Em todo o rancho por dentro
O chapisco terminamos.
Quarenta mudas de murta
Nas valetas nós plantamos.



17, 18, 19 e 20 DE MAIO DE 2007

Cada fase se destaca
Do rancho na construção.
Desta feita teve início
A interna rebocação.

Quem planta para o futuro
Boa safra sempre logra.
Foi assim que plantei mudas
Preparadas pela sogra.

Vinte e dois pingos de ouro
Sá Lilia preparou.
Aos dezessete, porém,
Foi seu genro que plantou.

Na divisa dos dois ranchos,
Cerca viva verde-ouro
Estreita nossa amizade,
Que vale mais que um tesouro.

24 DE MAIO DE 2007

Prossegue a rebocação,
Seguindo o ritmo normal,
Enquanto chega um carreto,
Trazendo cimento e cal.

31, 1º e 2 DE JUNHO DE 2007

Tanto a Neiva quanto eu,
No futuro já pensando,
Viçosa muda de ipê
Ao solo fomos lançando.

Isto foi dia primeiro,
Inesquecível no ano,
Pois a muda foi presente
De nosso amigo Baiano.

Epopeia de um Rancho (XXV)

Fato importante agora foi a ligação da rede de água à nova construção.


11 DE ABRIL DE 2007

Mais uma vez eu sozinho,
Mais uma vez a memória
Não se lembrou da comida,
Segunda vez nesta história.

Não sendo bobo de hoje,
No Tião cheguei a prosa,
O que valeu degustar
Da Zilda a bóia gostosa.

Na parte de água e luz
Fizemos boa arrancada.
Nos quartos de cima o Tião
Começou a chapiscada.

12 DE ABRIL DE 2007

Serviço caro o de hoje,
Para as telhas preservar.
A resina receberam,
Para o branco conservar.

14 e 15 DE ABRIL DE 2007

Memorável e dramático
Foi este fim de semana
Mas a glória desta história
Este fato não empana.

O dramático do caso
Está ligado à procura
Do encanamento de água,
Tarefa aliás bem dura.

Depois de muito suor,
Eu finalmente encontrei
O cano d’água da rua,
Que, na pancada, furei.



Para o alto água esguichou,
Mandando a maior pressão.
Minha cara de surpresa
Do pavor era a expressão.

No corre-corre geral,
A Neiva, toda apressada,
Para a cidade correu,
P’ra corrigir a mancada.

A peça tão necessária
Em Capitólio comprou.
O Tiãozinho, prestativo,
Com precisão emendou.

No domingo, bem cedinho,
Completando a trapalhada,
Acabei por encenar
Uma “vídeo-soquetada”.

Socando a terra da vala,
Acertei de novo o cano.
O Quinca, com maestria,
Foi quem sanou este dano.

Quinca e eu, neste domingo,
Ficamos estropiados,
Porém cheios de alegria,
Estando à rede ligados.

Epopeia de um Rancho (XXIV)

Pedreiro Tiãozinho toma a frente do acabamento, enquanto o amigo Gastão traz mobília usada em BH.


28, 1, 2 e 3 DE MARÇO DE 2007

Com nova etapa do rancho,
Tião agora é o pedreiro,
Enquanto eu, seu servente,
Tento ser bom companheiro.

Da Neiva finda a missão
De ser pedreira valente.
Sempre, porém sua ajuda
Dará ocasionalmente.

Tião, no quarto de despejo,
Começa a rebocação
E já recorta paredes,
Em vista da fiação.

14, 15, 16 e 17 DE MARÇO DE 2007

No quarto dos picuíbas
Chega a seu final agora
O serviço de reboque,
Por dentro como por fora.

Também fundimos a laje
Da fossa recém-furada.
Embora feita nas pedras,
Ficou bastante adequada.

24 e 25 DE MARÇO DE 2006

O Geraldo que, também,
O selador aplicou,
Do quarto dos picuíbas
Janela e porta pintou.

Aproveitei estes dias
E logo entrei em ação,
Fazendo boa limpeza
Ao redor da construção.



28, 29, 30, 31 e 1º DE ABRIL DE 2006

Nesta importante semana
Muita coisa aconteceu.
Para minha coleção
Novo amigo apareceu.

Na terça se colocaram
Os vidros dos picuíbas.
Das obras do piso prontas
Na quarta e quinta ficaram.

Já na sexta ali chegava
Esperado caminhão,
Tendo como motorista
O novo amigo Gastão.

Ao conhecer o local
- E não estava de porre –
Exclamou, cheio de pasmo:
Neste lugar não se morre.

Trazia de BH
Os móveis e os utensílios
Que foram do apartamento
Em que moravam meus filhos.

Chegam sábado as telhas
- Para mim grande prazer -
Que o Quinca, eu e o Tiãozinho
Ajudamos a descer.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Finalmente um regresso

Finalmente criei coragem,depois de longa hibernação. Para dizer a verdade, grande preguiça se apoderou de mim, não me permitindo continuar com meus papos no blog. Agora, depois que minha querida filha Paula deu uma grande arrancada na "Epopeia do Rancho", julgo-me na obrigação moral de continuar minhas conversas. Além do mais, descobri que muita gente tem acessado meu blog, o que me anima bastante. Então esperem por mim. Quero ver se nãopasso muitos dias sem dar uma palavra a meus queridos amigos. Vou fazer uma viagem da saudade, recordar coisas de quarenta e cinco anos passados e depois volto.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Epopeia de um Rancho (XXIII)

Chegamos à última lage, com ajuda preciosa do Geraldo do Marão e do pedreiro Tiãozinho.


21 DE JANEIRO DE 2007

O mesmo grupo de ontem,
Mais uma vez com o Quinca,
Mostrou que com esta turma
Em serviço não se brinca.

23 e 24 DE JANEIRO DE 2007

Neiva, Lucas e eu chegamos,
Cada um de nós mais eufórico,
Pois iríamos findar
Trabalho bastante histórico.

Tratava-se do remate,
Após ano de labor,
Das paredes desta obra,
Brotada de muito amor.

A parede sob a escada
Eu e Lucas desmanchamos,
Para alegria da Neiva,
Seu gosto realizamos.

14 DE FEVEREIRO DE 2007

Depois desta longa pausa
Pelas chuvas provocada,
Carregamos o entulho
Da parede desmanchada.

Ainda junto com Lucas,
Sempre grande companheiro,
Terminamos, finalmente,
Duas vigas do banheiro.

22 DE FEVEREIRO DE 2007

Neiva e eu, Nascer do sol,
Concluímos, já no teto,
Da caixa d’água e lajotas
O respaldo de concreto.


23, 24 e 25 DE FEVEREIRO DE 2007

Foi memorável evento,
Que ficará na memória,
Fundir a última laje,
Como marco nesta história.

Mão de obra toda grátis,
Teve ajudas variadas.
Além de Paulo e Paulinho,
Quinca e Zé, favas contadas.

Não pode ser esquecido
O Geraldo do Marão.
Quis também colaborar,
Mostrando seu coração.

Com ele trouxe mais cinco,
Grupo que foi contratado
Por companheiros que tinham
De um curso participado.

Relembro o Curso de Bíblia,
De que muito aproveitaram.
A prova foi o serviço
Que a seu professor doaram.

A nosso amigo Tiãozinho
Menção honrosa sobrou.
Sendo o pedreiro da obra,
Sua ajuda não cobrou.

Epopeia de um Rancho (XXII)

Com a ajuda de vários agregados, continuou o trabalho, inclusive com a colocação da caixa d`água.


31 DE DEZEMBRO DE 2006

Para a laje do banheiro,
Mutirão selecionado.
Na espera do Réveillon,
O grupo foi animado.

Quinca e Zezé, como sempre,
Neste dia inda ajudaram.
Poliana e Júlio César
Para trás não se deixaram.

2 DE JANEIRO DE 2007

Somente depois do almoço
De Capitólio partimos.
Embora pouco o trabalho,
Felicidade sentimos.

Neiva, eu, Gustavo e Poli,
Com Paulo do Tio Dolor,
Na construção de paredes
Colocamos muito amor.


3, 4 e 5 DE JANEIRO DE 2007

Foram agora três dias
De chuvas quase constantes
Mas o trabalho seguiu
Para a frente como dantes.

10 DE JANEIRO DE 2007

Neiva, Paula, Rute e Ester
À luta foram comigo.
Sem falar em meu cunhado,
Desta obra grande amigo.

Ao Neylson me refiro
Que, de andaimes na montagem,
Mostrou seu grande talento,
P’ra nós de grande vantagem.

12 DE JANEIRO DE 2007

Nas paredes trabalhamos,
Usando energia tal,
Que fizesse a última laje
Chegar ao ponto final.

Para mostrar que agregado
Desta família não pára,
Enfrentou nossas ferragens
O Augusto da Jussara.


13 DE JANEIRO DE 2007

Neste sábado, sozinho,
Com o Quinca eu almocei.
Levamos a caixa d’água
E lá em cima limpei.

20 DE JANEIRO DE 2007

Depois de longa semana
Por chuvas fortes marcada,
A nossa obra voltamos,
Para mais uma arrancada.

Com Paula, Neiva e comigo
Gu, Ester e Rute estavam.
Sem se fazer de rogados,
Todos juntos trabalhavam.

Epopeia de um Rancho (XXI)

Após grande chuvarada, trabalhou toda a família, ainda com a ajuda do Ganso e do Zé Bete.


30, 1, 2 e 3 DE DEZEMBRO DE 2006

No sábado, dia dois,
Foi casamento do Edgar.
Conseguimos lá chegar
E voltar a trabalhar.

Janela e porta do quarto
Foi Tiãozinho que assentou.
O chumbamento, porém,
Por nossa conta ficou.

O quarto de que falamos
É de despejo chamado.
Mas seria, no futuro,
De Picuíbas chamado.

27 DE DEZEMBRO DE 2006

Enfim voltamos à luta,
Depois de longa parada
Que foi, sem nosso querer,
Pelas chuvas provocada.

Com Lucas, Gustavo e netas,
Pela manhã trabalhamos.
Mas, com os ranchos lotados,
No mesmo dia voltamos.

28 DE DEZEMBRO DE 2006

A mesma turma de ontem
De novo veio e voltou.
Trabalhou ate à noite
E só às oito parou.

A meta de dois pilares
Foi dada por alcançada
E de um dos quartos de cima
A viga foi respaldada.



29 DE DEZEMBRO DE 2006

Como sempre, a mesma turma
Neste dia se repete.
Cimento, vigas, lajotas
Recebem com mais um frete.

Não somente receberam,
Como ainda trabalharam.
Nas vigas e nos pilares
Nova tarefa tiraram.

O Júlio César da Cynthia
Quis entrar na construção.
Com ferragens fabricou
Estribos para a armação.

30 DE DEZEMBRO DE 2006

Chegam Paula e Poliana,
Para esta turma aumentar.
Para as vigas do banheiro
Vão todos a trabalhar.

Zé Bete e Ganso na história
Entraram com decisão.
Da laje lá do banheiro
Adiantaram a armação.

Só que Lucas e eu, sozinhos,
Sofremos com a masseira.
Já o Ganso, Gu e Zé Bete
Caíram na bebedeira.

Epopeia de um Rancho (XX)

Depois de continuar os trabalhos com a ajuda de toda a família, ainda celebramos, com apetitosa galinhada, o aniversário da Rute.



9, 10 e 11 DE NOVEMBRO DE 2006

Finalmente, da despensa
O contrapiso fizemos,
Com o Quinca e com o Zezé,
Cuja ajuda sempre temos.

Ainda junto com a Neiva,
Constantemente animada,
Nas paredes lá do alto
Demos mais uma arrancada.

17 DE NOVEMBRO DE 2006

Faltando somente o Nélio,
Dos filhos de Sá Lilia,
Inda deu p’ra trabalhar
Em tão boa companhia.

Quinca e eu colaboramos
Para a areia bem sequinha
Descarregar do carreto
Trazido pelo Tinguinha.

Enfim, os quartos de baixo
Eu, com animação,
Para receber o piso,
Acabei a socação.



18 DE NOVEMBRO DE 2006

Chegou ainda mais gente,
Além da turma da Ilha,
Gustavo, Lucas e netas,
Complementando a família.

Mais um mutirão que a dupla,
Zezé e Quinca comanda,
Vai bater o contrapiso
Dos quartos e da varanda.

Após tão duro serviço,
Um programa mais hilário:
Celebrar, com galinhada,
Da Rutinha o aniversário.

19 DE NOVEMBRO DE 2006

Para fundir mais pilares,
Três armações preparamos.
Em caseiro mutirão,
A ferragem amarramos.

23, 24 e 25 DE NOVEMBRO DE 2006

Estando agora sozinhos,
Depois de tanta euforia,
Em paredes e ferragens
Gastamos grande energia.

Como a solidariedade
Faz parte do bom cristão,
A rebocar sua casa
Ainda ajudei o Tião.

27 DE NOVEMBRO DE 2006

Em brava segunda-feira,
Três ferragens preparamos,
Enchemos alguns pilares
E paredes levantamos.