terça-feira, 19 de abril de 2011

Relacionamento com os sistemas e suas pessoas

Continuando com as palavras de Deus, no que chamo aqui de meu quinto Evangelho, cito o que ele diz, para que possamos viver bem, em meio às instituições que não são de seu agrado:"As instituições, as ideologias e todos os esforços vãos e inúteis da humanidade estão em toda parte e é impossível deixar de interagir com tudo isso. Mas eu posso dar-lhe liberdade cada vez maior de estar dentro ou fora de todos os tipos de sistemas e de se mover livremente entre eles. Juntos, você e eu podemos estar dentro do sistema e não fazer parte dele.
Você comete um erro,julgando as pessoas que parecem fazer parte do sistema. Devemos encontrar modos de amar e servir aos que estão dentro do sistema. Lembre-se de que as pessoas que me conhecem são aquelas que estão livres para viver e amar sem qualquer compromisso. Os que me amam estão em todos os sistemas que existem. São budistas ou mórmons, batistas ou muçulmanos, democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer instituição religiosa. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e iraquianos, judeus e palestinos. Não tenho desejo de torná-los cristãos mas quero juntar-me a eles em seu processo de se transformarem em filhos e filhas do Pai, em irmãos e irmãs, em meus amados".

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Palavras do Quinto Evangelho

O livro mais lido na atualidade, "A Cabana", tocou-me profundamente e suas idéias bateram muito bem com meus pensamentos a respeito de Deus. Em forma de ficção, o autor põe nos lábios de Deus palavras de profunda reflexão teológica e dá ao Novo Testamento uma interpretação tremendamente divina e cheia de amor. Vejamos, para começo, o que diz Deus ao personagem principal do livro, a respeito das instituições humanas: "Por mais bem intencionada que seja, a máquina religiosa é capaz de engolir as pessoas. Uma quantidade enorme de coisas que são feitas em meu nome não tem nada a ver comigo. Frequentemente são até contrárias a meus propósitos. Eu não crio instituições. Nunca criei, nunca criarei. O casamento não é uma instituição. É um relacionamento. Criar instituições é uma ocupação dos que querem brincar de Deus. Não gosto muito de religiões e também não gosto de política nem de economia. É a trindade de terrores, criada pelo ser humano, que assola a terra e engana aqueles de quem eu gosto. Quantos tormentos e ansiedades relacionados a uma dessas três coisas as pessoas enfrentam. Religião, política e economia são ferramentas terríveis que muitos usam para sustentar suas ilusões de segurança e controle. As pessoas têm medo da incerteza, do futuro. Essas instituições, estruturas e ideologias são um esforço inútil de criar algum sentimento de certeza e de segurança onde nada disso existe. É tudo falso. Os sistemas não podem oferecer segurança, so eu posso".

sábado, 2 de abril de 2011

A Ceia Eucarística

Para mim, o ponto máximo de toda a pregação de Jesus foi a ceia com seus companheiros e companheiras, na quinta-feira. Infelizmente, ainda a meu ver,a maioria dos líderes cristãos nunca atinarama bastante para o grande significado e simbolismo da ceia e sobretudo das palavras essenciais: "Fazei isto em memória de mim". Foi o testamento final, antes de sua morte, que ele sabia que ia acontecer no dia seguinte.
O "em memória de mim" não significa apenas uma lembrança do passado, uma recordação de algo que se foi e não voltará mais. Em memória de Jesus, ainda segundo meu modo de pensar, aurido dos Evangelhos, em memória de mim quer dizer: para seguir meus passos, para cumprir minha mensagem, para ser realmente discípulo meu, vivente do amor que sempre preguei. Então, para ser realmente discípulos do Mestre é preciso viver sempre, realizar aquilo que ele acabava de fazer, como símbolo e imagem da realidade que ele queria que realizássemos. E o que ele pedia que fizéssemos para ser seus seguidores? O que ele acabara de fazer e que queria que fizéssemos é que repartíssemos com todos os demais tudo o que somos, assim como ele acabara de repartir o pão e o vinho, símbolos de todo alimento material e espiritual.
Consequentemente, a celebração eucarísitca deveria ser o símbolo do amor de Cristo repartido para com toda a humanidade, como também símbolo de toda a nossa partilha com o próximo. Para ser autêntica e eficaz, a celebração da Eucaristia tem que lembrar-nos a partilha que deve ser a razão de toda a nossa vida e de todo o nosso ser. E celebrar a Eucaristia só pode ter sentido para aqueles que realmente vivem repartindo, ou melhor, se repatindo. Celebra-se ou se comemora aquilo que aconteceu ou que foi feito. Eucaristia significa o bem realizado, a partilha, o amar ao próximo como a si mesmo. Será que o Cristianismo tem sido fiel à autêntica compreensão do texto evangélico aqui mencionado?