sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Epopeia de um rancho (XII)

Em três semanas de férias, a família ajudou em peso no trabalho, inclusive na preparação da ferragem .
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21 DE JUNHO DE 2006
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Fui sozinho e trabalhei
Que nem monge, neste dia,
Pois teve a Neiva que ir
Fazer fisioterapia.

Ainda no mesmo dia
Eu comecei a cavar
Um trabalhoso buraco
Para o padrão instalar.

23, 24 e 25 DE JUNHO DE 2006

Como abelhas operosas,
Nosso casal persistente,
Nas paredes e ferragens
Prosseguia sempre em frente.

26 DE JUNHO DE 2006

Fomos cedinho e voltamos.
Devido à manhosa aragem,
De tarde só preparamos
Três armações de ferragem.

Até o jovem Paulinho,
O neto do Ti Dolor,
No transporte da ferragem
Ajudou com muito amor.

28 DE JUNHO DE 2006

Vinte e oito fui e voltei,
Três pilares levantei
E também uma parede
Da escada eu adiantei.

Só que do almoço já pronto
Eu, de todo, me esqueci.
Com suco de limão china
Pão doce e queijo eu comi.

30, 1 e 2 DE HULHO DE 2006

Fim de semana agitado,
Com netinhas animadas,
Chegando afim de curtir
Prolongadas feriazinhas.

Com Gustavo e com a Poli
A Paula também chegou
E as três semanas de férias
No trabalho começou.


Neste tríduo a turma toda
Ao serviço se entregou.
Nem mesmo a singela ajuda
Da neta Rute faltou.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Epopeia de um rancho (XI)

Nestes dias continuou o trabalho de elevação das paredes do primeiro andar, e foi levantado o último pilar de concreto da construção.
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24, 25, 26 de MAIO de 2006

A Neiva, o Gustavo e eu,
No andar térreo trabalhando,
Fizemos um grande avanço,
As paredes levantando.

O vão das portas agora
Pudemos já vislumbrar,
Sonhando já, do local,
A represa contemplar.

Mais uma vez o Tadeu
Alegrou a vida nossa,
Despejando no local
A carga de areia grossa.

8, 9, 10, 11 e 12 DE JUNHO DE 2006

Passado longo repouso,
Depois de grande canseira,
Voltei a ser o servente
De minha mulher pedreira.

15 DE JUNHO DE 2006

No dia de Corpus Christi
Nossa comemoração
Realizou-se na Ilha
Com típica oração.

Foi a prece do trabalho,
Nascida da boa ação,
Ao levarmos um pilar
Ao termo da fundição.

Paula, Lucas, Neiva e eu,
Ofertando nossa ação,
Com Larissa e Daniela
Celebramos a união.

17 DE JUNHO DE 2006

Lucas e eu, neste dia,
Levantamos o pilar
Que seria o derradeiro
Naquele primeiro andar.

No rancho da Ti Neilma
Almoçamos lautamente,
Juntando nossas famílias,
Coisa, aliás, bem freqüente.

19 DE JUNHO DE 2006

Saindo às seis da manhã,
Deixando o frio de lado,
Voltamos só de tardinha,
Depois de dado o recado.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

DOIS PADRES, DUAS HISTÓRIAS

Muito bela e tocante a cerimônia comemorativa das bodas de ouro sacerdotais de meus queridos irmãos e amigos Geraldino e Paulo Faria. Enquanto Pe. Paulo, no centro do altar, presidia à cerimônia eucarística, ladeado por outros sacerdotes, o Geraldino, em trajes seculares, permanecia de fora e ao lado do altar, irradiando, dali, toda a sua simpatia e a imensa grandeza de seu valioso coração.
Eu, de meu lugar de ungido degradado ao estado leigo, ia costurando em silêncio meu sermão, que não teve chance de ser dito mas que me vejo na obrigação de levar ao conhecimento de quem tiver a paciência de ouvir-me em meu púlpito.
Dois padres, dois ungidos do Senhor, duas missões bem diferentes. Um, habituado às alturas dos altares e dos ritos sagrados, o outro, residindo na planície humilde e trabalhosa dos mortais. Dois caminhos, duas opções, duas visões do Reino de Deus bem diferentes. O padre casado e o celibatário. Um, chamado à dedicação exclusiva ao serviço da Igreja Católica, o outro, mandado para o mundo, com a função espinhosa de anunciar a Boa Nova e de denunciar os descaminhos da humanidade. Lá em cima, no altar,o sacerdote. Lá em baixo, na planície, o profeta. Descendo das honrarias do altar e do ministério sacerdotal, o Geraldino, humildemente feliz em sua escolha de profeta, vai levando, casado, pai de filhos e trabalhador pelo sustento da família, sua missão profética de mexer com as consciências, de incomodar os estabelecidos e de chamar ao verdadeiro evangelho do amor aqueles que parecem colocar o mesmo evangelho a serviço de seu próprio comodismo e bem estar.
O Pe. Paulo, com sua alegria de criança abençoada, vai levando sua outra opção, espalhando alegria e tentando aproximar do altar, através de seu zelo pela catequese, aqueles que pouco conhecimento têm de Jesus e de seus ensinamentos.

domingo, 11 de outubro de 2009

Epopeia de um Rancho (X)

O 8 de maio, dia de meu aniversário, foi comemorado de maneira especial na construção do rancho. Nos dias seguintes se deu o escoramento para a fundição da primeira laje, que se tornaria o piso da cozinha.
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8 DE MAIO DE 2006

Só com Neiva e o Gustavo,
Este meu aniversário
Alegres comemoramos,
Com um jeito muito hilário.

Dependurei no pescoço,
Que nem pessoa detenta,
Um cartaz de papelão,
Ostentando meus setenta.

Foi motivo de alegria
Saber que agora vinha
O frete dos cabedais
Para a laje da cozinha.

10, 11, 12, 13, 14 e15 DE MAIO DE 2006


Presentes filhos e netas,
Animada temporada.
Dia das Mães foi lembrado
Com gostosa feijoada.


Até mesmo o Fabiano
Apareceu lá na obra.
Posou para foto e agora
Nada dele ninguém cobra.



Sempre prontos a servir,
Zezé e Quinca, de novo,
Viraram todo o concreto
Da cinta do piso novo.

Benito chegou na hora,
Oferecendo a maquita
Que, cortando as canaletas,
Foi ferramenta bendita.

O pedreiro Joaquim
No dia quinze chegou.
O escoramento da laje
Logo logo levantou.



17 e 18 DE MAIO

Joaquim, eu e Gustavo
O escoramento findamos
E do piso, sem demora,
As lajotas colocamos.

A inestimável presença
Não podemos esquecer
Da querida Poliana,
Para nós sempre um prazer.

Para a laje da cozinha
Contratamos uma trinca
- Miltinho, Elpídio e Joel –
Que no serviço não brinca.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Epopeia de um Rancho ( IX )

O mais importante aqui foi o começo da elevação da primeira parede e também a realização da primeira armação de ferragem.
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6, 7, 8, 9 e 10 de abril de 2006

Quinca, Zezé, Daniela
Ajudaram na limpeza
Do terreno que do rancho
Fica na redondeza.
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Dois mil blocos de parede
Chegaram segunda-feira.
Na base que fica em frente
Ergui mais uma fileira.

17 DE ABRIL DE 2006

Depois de participar
De um encontro dos Arantes,
Partimos para tarefas
Muito mais desafiantes.

De areia e cal preparei
Masseiras para curtir.
Depois elas serviriam
Para paredes subir.

20, 21, 22 e 23 DE ABRIL DE 2006

A data do dia vinte
Jamais será esquecida,
Quando sucedeu um fato
Importante em nossa vida.

Levantar uma parede,
Em nossa vida a primeira,
Eu agindo de servente
E a Neiva como pedreira.

26 DE ABRIL DE 2006

Além de fazer parede,
Começamos por armar
A ferragem necessária
P’ra levantar um pilar.
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27, 28, 29 e 30 DE ABRIL DE 2006

Animadíssimos dias
Foram os desta semana.
Toda a família feliz,
Em unidade bacana.

Rute, Ester, até Augusto
Alguns blocos carregaram,
Enquanto todos os outros
A pilastra levantavam.

Por sua vez, no concreto,
Quinca dava uma demão.
Dona Lilia servia
Vitamina de mamão.