sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Qual o Destino da Língua Portuguesa?

A decadência do ensino de nossa língua é flagrante. Há muitos anos eu já imaginava que, um dia, haveria no Brasil escritórios especializados na redação de cartas, documentos, recibos, artigos e até recadinhos para namorados. Poucos seriam os entendidos em escrever corretamente. E esses poucos formariam uma categoria especial de pessoas que ganhariam simplesmente para escrever.

Hoje a situação parece apresentar-se mais dramática ainda. Com o uso vulgarizado do computador e com a expansão da "internet", pode-se notar o tamanho da ignorância das gerações mais novas. As regras mais banais de acentuação e de concordância são totalmente ignoradas. As mensagens digitadas pelos mais novos mais parecem cartas enigmáticas, para cuja decifração temos que queimar os miolos e gastar tempo e energia.

Há pouco tempo, uma interlocutora me falou que tudo isto faz parte do progresso e do caminhar da história. Eu cheguei até a me calar e a pensar que talvez sua argumentação fosse correta. Mas o certo é que o idioma de qualquer país é o maior e melhor meio de comunicação. Ele tem que ter suas normas e regras, sob pena de virar verdadeira babel, se cada qual inventar suas regras pessoais ou, pior, se cada qual se meter a escrever à Deus dará, sem norma nenhuma e ao capricho de sua preguiçosa cabecinha.

Não estaria já na hora de os responsáveis pela cultura, pela língua e pela nacionalidade brasileira abrirem os olhos e tomarem as devidas providências para a salvação da mais bela flor do Lácio?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Epopeia de um Rancho (XIX)

Chegada a hora de fundir a laje do teto da copa e da cozinha, mais um animado mutirão se realizou.

27 e 28 DE OUTUBRO DE 2006

O Lucas voltou à lida,
Refeito da cirurgia.
Assim também Gu e Paula,
Gastando grande energia.

30 DE OUTUBRO DE 2006

Para erguer mais uma laje,
Deviam hoje chegar
Os cabedais necessários,
Que nós fomos esperar.

Mas nós dois, Pobres coitados,
Entramos no maior rolo.
Materiais não chegaram,
Caminhoneiro deu bolo.

O tempo que nos sobrava,
Porém, não desperdiçamos.
Levantamos mais paredes
E um quarto desaterramos.


3, 4, 5 e 6 DE NOVEMBRO DE 006

O tempo mais animado
Desta grande epopéia
Trouxe surpresas de que
Nem fazíamos idéia.

Meus bons alunos de Bíblia,
Na véspera, me ofertaram
Quatrocentos e oitenta
E grandemente ajudaram.

O escoramento da laje
E sua preparação
Ficou entregue aos cuidados
Do prestimoso Tião.

Na subida das lajotas,
Uma ajuda imprescindível
Mais uma vez foi do Quinca,
Presença sempre infalível.

No sábado foi surpresa,
Provocando admiração,
A passagem do Aclino
Da técnica para a ação.

Deixando logo as funções
De mestre na teoria,
Transportou muitas lajotas
Com presteza e euforia.

Na fundição dessa laje
Tivemos, mais uma vez,
O grupo da “São Geraldo”,
Em laje nosso freguês.

Luís do Juca Rezende,
Querendo ajudar no teto,
Logo logo se mostrou
Bom virador de concreto.

Na segunda, dia seis,
Eu e Neiva preparamos
O desaterro de um piso
E a laje ainda molhamos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Epopeia de um Rancho (XVIII)

Curioso, nesses dias, foi um casal de maria-preta, que chocou no vão da futura escada para o andar de baixo, não se incomodando com o barulho e com a confusão do local.


5 e 6 DE OUTUBRO DE 2006

De quinta p’ra sexta-feira,
Com grande dificuldade,
Montamos em nossa obra
Uma grande novidade.

Com o Mauro, de Campinas,
Conseguimos emprestados
Andaimes feitos de canos
Já bastante enferrujados.

12, 13, 14 e 15 DE OUTUBRO DE 2006

“Semana do Saco Cheio”,
Com presenças palpitantes
Em número e em palpites.
Tô falando dos Arantes.

Tivemos, mais uma vez,
Do Gu e da Poliana,
Em pilares e paredes,
Uma colaboração bacana.

Rutinha, Lucas e Paula,
Que por menos não deixaram,
Metendo a mão no serviço,
Ajuda nos emprestaram.


18 DE OUTUBRO DE 2006

Depois de tantas presenças
E de tanto burburinho,
Tomei uma suadeira
E dei um murro sozinho.

Comecei um desaterro
Com esforço redobrado
Naquele quarto de baixo,
Ao despejo destinado.

19, 20 e 21 DE OUTUBRO DE 2006

Mais outra dura jornada
Para esta dupla animada.
Mais uma viga a fundir,
Desta vez a da escada.

Sem falar, mais uma vez,
Na obra da fundição
De dois difíceis pilares,
Como aliás todos são.

E, por falar em escada,
Não pode passar em vão
Fato muito curioso
Ali sucedido então.

Casal de maria-preta
No vão da escada botou
E, durante a construção,
Seus três ovinhos chocou.

23 DE OUTUBRO DE 2006

No término das paredes,
As laterais da cozinha,
Mais um dia nossa dupla
Trabalhou afinadinha.

Entretanto ainda achei
Um tempinho de sobejo
E findei o desaterro
Do cômodo de despejo.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Epopeia de um Rancho (XVII)

Durante o trabalho de muita preparação de ferragens e de construção de vigas, aconteceu o presente de bela muda de ipê, doada pelo Baiano.

21, 22 e 23 DE SETEMBRO DE 2006

Agora nos esperava
Tarefa muito pesada:
Quatro armações de ferragem
E uma cinta terminada.

Na parede lá da frente
Uma cinta de cimento
Se tornou, antes da laje,
O último complemento.

De mimos muito singelos
O tamanho ninguém vê.
Do Baiano recebemos
Viçosa muda de ipê.


25 DE SETEMBRO DE 2006

Os ferros do janelão
Para o rancho transportei.
Aproveitando a viagem,
Preparei sua armação.


29 e 30 DE SETEMBRO DE 2006

Ouvindo a convocação
Da Justiça Eleitoral,
Gustavo e Paula chegaram
Para ajudar na eleição.

Presentes também as netas,
Todos muito se esmeraram.
Em várias frentes da obra,
Muito bem colaboraram.

Com grupo tão animado,
O serviço sempre anda.
Completou-se então a viga
Da janela da varanda.

Por finda também se deu
Mais um serviço da tropa,
Que foi a colocação
Das canaletas da copa.

4 DE OUTUBRO DE 2006

Mais uma vez ida e volta,
Mais uma vez só nós dois.
O que podemos agora
Não deixamos p’ra depois.

Foi assim que preparamos,
Com amor e com afinco,
A ferragem dos pilares,
Hoje em número de cinco.

Sem falar naquele arranco,
Desafiando o calor,
Que nós demos nas paredes
Do lance superior.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Epopeia de um Rancho (XVI)

Nesta fase de muitas presenças, o mais interessante foi a participação do Marcelo do "Big Brother 8", que fez boa cobertura fotográfica de nosso trabalho.
7, 8, 9 e 10 DE SETEMBRO DE 2006

Fim de Semana da Pátria,
Repleto de animação.
O que mais houve nos ranchos
Foi a maior falação.

Fabiano, não querendo
Desta vez sair-se mal,
Em dois pilares fundidos
Deu força substancial.

Impedido pelos males
Da coluna vertebral,
Neylson deu grande apoio
E da obra foi fiscal.

Já pensando no “Big Brother”,
E longe da lida dura,
Marcelo, como doutor,
De fotos fez cobertura.

Pegando o boi pelo chifre,
O nosso grande arquiteto
Nas paredes do tanquinho
Trabalhou com muito afeto.

Dindinha, sempre teimosa,
Alguns blocos carregou.
Melhor,porém, foi o bolo
De fubá que ela assou.

Em qualquer coisa que faz,
Nélio é sempre sabichão.
Para o andar superior
Fez a rampa e o corrimão.



Isto, sem falar na bóia
Da Neilma, Neiva e Cida,
De Dona Lilia e Quinca,
Para nós oferecida.

Estando na expectativa
De iminente cirurgia,
Lucas ficou no repouso
Que ele bem merecia.

11 DE SETEMBRO DE 2006

Sem pernoitar no serviço,
Fundimos mais dois pilares.
E vamos, por uns dez dias,
Tomar um chá de sumiço.