terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Viagem da saudade 5

No dia 27 de janeiro chegamos a Lutécia, à tarde. Dona Terezinha e a Lúcia regressaram para Assis, depois de nos entregarem aos cuidados da Lucília, minha antiga conhecida, cujo marido, Jurandir Fiori, já falecido, foi prefeito de Lutécia por três vezes. Descansamos tranquilamente no apartamento confortável daquela residência, que nos foi cedido com muita cordialidade. Aqui fica nosso agradecimento a Dona Lucília. No dia seguinte, a convite, fomos almoçar na casa do Gélsio Paulo de Carvalho. Este ocupa lugar importante em meu coração e em minha história. Era ele que me levava, todo fim de semana, para exercer o trabalho pastoral e sacerdotal na paróquia de Nossa Senhora da Boa Esperança, em Lutécia. Custava-me muito esperar a chegada do amigo Gélsio, com seu jipinho 51. Na noite seguinte, um sábado, dormimos na casa do velho amigo, o que me proporcionou a oportunidade de matar muitas saudades e recordar fatos inolvidáveis de nossos tempos de cinquenta anos atrás. Parecíamos estar sonhando. Como já disse, de vez em quando nos flagrávamos silenciosos, olhando um para o outro,sorridentes e falando mais com os olhos e com o coração.Amgios são coisas para se guardarem.
Já no dia seguinte, um sábado, nosso lauto almoço foi na residência dos Guizilin, outros amigos do passado. Seis ou sete filhas lá estavam, boa parte com com seus maridos. Almoçamos principescamente e fizemos muitas referências a Dona Lili e ao senhor José Guizilin, verdadeiros pais para mim em Lutécia.
Outros amigos encontrei, como o Arnaldo, O Zé Barquilha e esposa Hermínia, a Inês do Gélsio, mas especialmente a Dona Hermínia, viúva do saudoso Zezinho Augusto, tão bem cuidada pelas adoráveis filhas Maria Hermínia e Lúcia. Encantados ficamos com a beleza da casa, entregue aos cuidados de tão dedicadas filhas. Somente hoje acabei de devorar o gostoso queijo que fabricaram e com que nos brindaram. Muito grato a vocês, menininhas de outrora, minhas cruzadinhas lindas de morrer.
A Lutécia e a todos os seus moradores nossa gratiddão. Gostei de ver o grande progresso experimentado nos anos que se passaram desde minha saída. Tudo mudou mas o povo continuou o mesmo, cheio de amor, gratidão e carinho.

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