domingo, 4 de setembro de 2011

Minha aula em meu mundo

Em meu mundo ideal para hoje, o ensino seria muito diferente. No ensino, como o assunto é muito abrangente,vou limitar-me hoje apenas às aulas,a um aspecto apenas das aulas, como também a minhas aulas de História, como as ministrei até dez anos atrás.
Depois de muitos anos como professor, cheguei à conclusão de que o melhor meio de fazer os alunos se interessarem pelas aulas era suprimir o uso do livro didático pelos mesmos. Aliás, isto eu aprendi em um famoso filme chamado, se não me engano, de "A cidade dos poetas mortos", em que o mestre mandou os alunos rasgarem, na aula, seus livros didáticos. Assim sendo, os alunos tiveram, dali para a frente, que prestar a máxima atenção a minhas aulas e rarissimamente faltavam às aulas, sob pena de perderem o conteúdo por mim ministrado. Eu passei a ser a única fonte da matéria e os alunos perderam o costume da escravidão ao livro, no qual decoravam o conteúdo, quase sempre sem ao menos entenderem ou assimilarem o que ali estava escrito.
É evidente que, em tal sistema, eu tinha que dominar meu conteúdo, sem deixar dúvidas em meus alunos, mas também sem perder a humildade necessária, quando eu mesmo me mostrasse inseguro. Em tal caso, simplesmente eu prometia pesquisar sobre o assunto e fornecer-lhes as respostas exigidas, na próxima aula. Duas consequências surgiram logo de minha atitude, às quais me tenho já referido: O número quase nulo de faltas às aulas, bem como atenção mais que redobrada às palavras do mestre.
Como o assunto é muito extenso, deixarei para a próxima reflexão o importante e polêmico tema sobre as provas escritas, por mim consideradas inúteis e sem condição de provar nada daquilo para que foram instituídas.

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