quinta-feira, 9 de abril de 2009

Refletindo Nosso Cristianismo

Baruch Spinoza, holandês, um dos maiores pilares da moderna Filosofia, era praticante do Judaismo e profundamente crente em Deus. Devido à corajosa exposição de suas idéias, foi excomungado e até ameaçado de morte. Isto, no século XVII, lá pelos anos de 1650.
Uma daquelas suas idéias merece profunda reflexão, especialmente de nós, que nos pretendemos cristãos. Spinoza achava que os dogmas rígidos e o ritualismo vazio eram as únicas coisas que ainda mantinham vivos o Cristianismo e o Judaismo. Só discordo de Spinoza quando ele fala da falência do Cristianismo. A meu ver, seria mais correto falar das diversas igrejas cristãs e não do Cristianismo. O Cristianismo continua como nunca, agindo profundamente no coração de todos aqueles que fazem do amor, pregado pelo Cristo, a razão e o sentido de seu peregrinar cá pela terra. De acordo com o próprio Concílio Vaticano II, fazem parte da igreja genuina de Jesus todos aqueles que se deixam iluminar e conduzir pela mensagem evangélica do amor e da partilha, ainda mesmo que adorem deuses de pedra, sem a oportunidade do conhecimento do verdadeiro Deus.
Não seria hora de cada um que se diz cristão entrar em si mesmo, questionar sinceramente sua fé, colocar nos trilhos sua jornada terrena e verificar se não desliza nos falsos trilhos paralelos do dogmatismo implacável e do ritualismo vazio e sem sentido?

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