Dentre os mais folclóricos buraqueiros de nosso arraial sobressai o Aclino que pssui, em seu cardápio de manias de jogo, o costume de chamar o cobiçado coringa pelo carinhoso apelido de Dunga.
Em suas bodas de ouro de nascimento, resolvi brindá-lo com despretensiosos versos que procuram retratar sua figura ímpar no jogo de buraco.O Aclino, no Buraco,
É jóia de raridade.
Só precisa desistir
De ser dono da verdade.
Para ser um buraqueiro
Vencedor e sem defeito,
Deve deixar o parceiro
Fazer jogo de seu jeito.
Ele joga com esmero
Mas depressa vira bicho.
Não perdoa o companheiro,
Quando compra e deixa o lixo.
Enfezado, larga o jogo,
Mas tem uma qualidade.
Quando sua cuca esfria,
Volta com toda humildade.
Aclino pula p'ra cima,
Ele berra, grita e funga.
Certamente é porque
Nas mãos ele tem um Dunga.
No Buraco, a mulher
Para ele não apita.
Nem visita, nem as filhas,
Nem a esposa Marilita.
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