sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Visita de Mineiros

     Uma das boas coisas da vida antiga, sobretudo do modo simples da vida do mineiro, é o hábito de visitar parentes, amigos e vizinhos. Depois do cair do sol e de lavada a cozinha do jantar, era hora de sair com a meninada, bater na porta de uma pessoa  amiga e começar o papo arrastado e demorado, enquanto a garotada se divirtia na brincadeira de pique  ou de roda. O papo ia longe, só terminando depois de servido o café,como sempre acompanhado de bolo de fubá, de biscoito ou de pão-de-queijo. Belos tempos, quase totalmente destruídos pela televisão, pelas novelas e também pelo computador. Entretanto, não sei se só ou muito pouco acompanhado, resolvi ressuscitar o costume da visita, sobretudo depois que me convenci de que a melhor maneira de servir ao próximo, sobretudo ao próximo carente ou idoso, é uma visita cordial e espontânea. Tomei o costume de fazer pelo menos uma visita por dia, o que me tem feito muito bem à alma e ao bem estar. E resolvi colocar em meu blog tal assunto, depois da original visita que fiz a uma grande amiga nesta semana. Como esteve um tanto adoentada, pediu-me para aguardar seu aviso, no sentido de poder receber dignamente minha visita costumeira. Encontrando-me com ela na rua, combinamos a próxima visita. Então ela me pediu para avisá-la com três horas de antecedência, afim de que pudesse amassar e assar um gostoso pão-de-queijo, a ser comido com o café, ainda quentinho e recém-saído do forno. E a visita foi maravilhosa. Pão-de-queijo à vontade, café bem temperado, vasilha de leite sobre a mesa e conversa a perder de vista, relembrando o passado de Capitólio e os casos engraçados de antanho. Belos tempos!

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