quarta-feira, 13 de maio de 2009

Epopeia de um Rancho (I)

Neste primeiro dia da aventura da construção de nosso sonhado rancho, Lucas, eu e o peão Osvaldo Lica partimos para a limpeza do local, coberto por tremendo matagal. O lugar do futuro rancho é a Ilha do Funil, lugar lindo, às margens da represa de Furnas, a treze quilômetros de Capitólio.
Como os esquecimentos nunca faltam, ficou em casa a carne moída do almoço, o que não constituiu problema para o Tio Dolor, que improvisou gosotoso molho de ovos em substituição.
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21 DE DEZEMBRO DE 2005

De Capitólio partimos
Eu, Lucas e um companheiro,
Perseguindo um ideal
E não sonho passageiro.

Osvaldo era o companheiro.
Se quer saber, dou a dica.
Era um dos vários filhos
Do saudoso Antônio Lica.

A limpeza do terreno
Iríamos começar.
Ali surgiria um rancho,
O nosso segundo lar.

Ti Dolor deu grande ajuda,
Fazendo farta comida.
Nem sentimos que, em casa,
Deixei a carne moída.

Mestre Cuca, experiente
Em criar manjares novos,
O tio, em lugar da carne,
Fez belo molho de ovos.

Nossa tarefa acabou,
Nem bem terminava o dia.
Logo, como bom patrão,
O pagamento eu fazia.

Vinte e cinco foi o preço
Pelo Osvaldo a mim cobrado
Mas dei-lhe quarenta e um,
Que julguei mais adequado.



Durante aquele serviço,
Tadeu Rodrigues chegou,
Com areia e a madeira
Que o gabarito marcou.

Já no dia anterior
O mesmo caminhoneiro
Fez um carreto de brita,
Dois, sete, cinco a dinheiro.

Um comentário:

  1. Tô gostando de ver essa história, contada em versos...
    Lembrar do tempo em que eu fui um dos personagens da construção do nosso cantinho...
    Abraços...

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