sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cada Terra com seu Uso

                 Depois de nossa viagem ao Chile e à Argentina, resolvemos, A Neiva, a Paula e eu, comemorar a chegada com um  lauto banquete mineiro no domingo, no apartamento da Paula, na capital paulista. Estivemos em vários hoteis nos dois países visitados, frequentamos restaurantes e cafés de fama, deparamos com comidas sofisticadas e muito apreciadas pelos países vizinhos. Gastamos, a meu ver inutilmente, grande parte de nosso dinheiro com comidas muito diferentes das nossas e muito apreciadas por chilenos e argentinos. Para falar a verdade, eu me aproveitava bastante do café da manhã, muito rico em frutas e quitandas variadas. No resto do dia eu ia quebrando o galho com lambiscos pescados nas refeições do decorrer do dia. Não digo, de maneira alguma, que a comida era ruim. O caso é que, como diz velho ditado, "cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso". Nós brasileiros herdamos a culinária dos indígenas, dos negros e até dos portugueses. E, dentro do Brasil, a comida mineira ainda parece destacar-se mais ainda das dos demais estados. O certo é que já chegamos ao último dia, em Buenos Aires, cheios de saudade e de vontade de nossa comidinha caseira e mineira. Nosso banquete, mais gostoso para nós do que tudo que vimos de sofisticado, constou, nada mais nada menos, do que de cinco pratos cheirosos, quentinhos e saborosos, contendo arroz, feijão, angu, carne moída e variada salada de verduras. Comemos e nos fartamos à bessa, procurando tirar o atraso do jejum, de onze dias, de nosso queridinha comida caseira de nosso dia a dia. Valeu, porém, a experiência, pois aprendi a valorizar ainda mais, a cada refeição diária, a gostosura e o prazer de nossa comidinha mineira. E olhem que eu nem falei do tutu de feijão, que é outra preciosidade de nosso cardápio mineiro. "Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso".

Um comentário:

  1. Aqui em Portugal também come-se muito bem.
    Qualquer dia tens de vir por estes lados do mundo para apreciar a culinária portuguesa.
    Mas sim, não há nada igual como a comida mineira.

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