quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Epopeia de um Rancho (XVIII)

Curioso, nesses dias, foi um casal de maria-preta, que chocou no vão da futura escada para o andar de baixo, não se incomodando com o barulho e com a confusão do local.


5 e 6 DE OUTUBRO DE 2006

De quinta p’ra sexta-feira,
Com grande dificuldade,
Montamos em nossa obra
Uma grande novidade.

Com o Mauro, de Campinas,
Conseguimos emprestados
Andaimes feitos de canos
Já bastante enferrujados.

12, 13, 14 e 15 DE OUTUBRO DE 2006

“Semana do Saco Cheio”,
Com presenças palpitantes
Em número e em palpites.
Tô falando dos Arantes.

Tivemos, mais uma vez,
Do Gu e da Poliana,
Em pilares e paredes,
Uma colaboração bacana.

Rutinha, Lucas e Paula,
Que por menos não deixaram,
Metendo a mão no serviço,
Ajuda nos emprestaram.


18 DE OUTUBRO DE 2006

Depois de tantas presenças
E de tanto burburinho,
Tomei uma suadeira
E dei um murro sozinho.

Comecei um desaterro
Com esforço redobrado
Naquele quarto de baixo,
Ao despejo destinado.

19, 20 e 21 DE OUTUBRO DE 2006

Mais outra dura jornada
Para esta dupla animada.
Mais uma viga a fundir,
Desta vez a da escada.

Sem falar, mais uma vez,
Na obra da fundição
De dois difíceis pilares,
Como aliás todos são.

E, por falar em escada,
Não pode passar em vão
Fato muito curioso
Ali sucedido então.

Casal de maria-preta
No vão da escada botou
E, durante a construção,
Seus três ovinhos chocou.

23 DE OUTUBRO DE 2006

No término das paredes,
As laterais da cozinha,
Mais um dia nossa dupla
Trabalhou afinadinha.

Entretanto ainda achei
Um tempinho de sobejo
E findei o desaterro
Do cômodo de despejo.

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