segunda-feira, 23 de abril de 2012

Confraternização e Eucaristia

     Em minhas meditações sobre a última Ceia de Jesus com seus amigos, na chamada Quinta-feira Santa, entrei a pensar na razão de o Mestre ter  escolhido justamente uma ceia ou confraternização, para transmitir seu testamento ou sua mensagem de amor.
     Como a mensagem de Cristo para este mundo era o amor a Deus e ao próximo como a si mesmo, nada melhor do que uma refeição de confraternização. Mas, por que justamente uma refeição, em vez de outro lugar, outra circunstância, outra ocasião? É aqui que entra a conclusão a que cheguei, mercê de minha acurada observação. Sendo Jesus, além de Deus, o mais perfeito e completo ser humano, ele houve por bem escolher também a mais perfeita e mais completa das confraternizações, ao redor de uma mesa de iguarias, o lugar ideal, onde, além da amizade e da fraternidade, se realizam totalmente todos os prazeres humanos dos sentidos. Na realidade, à mesa se curtem o sabor e o aroma dos alimentos bem preparados, se enxergam os parceiros e amigos convidados e queridos, se ouvem e se trocam palavras agradáveis e se tocam os comensais, através dos cumprimentos, dos beijos e abraços. Nada mais perfeito para se expandir o amor humano e para significar e simbolizar a suprema mensagem do amor e da fraternidade.
     De tudo que acabo de dizer surgiu minha talvez estranha conclusão, que parece contrária a um adágio popular muito difundido entre cristãos mas que não me parece abranger toda a profundidade da mensagem evangélica: a família que toma refeições unida, permanece unida. Sobre esta minha afirmativa ainda quero  escrever mais pongamente em outra ocasião.

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